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quarta-feira, 17 de abril de 2013

6. FUNARTE LANÇA LIVRO SOBRE 100 ANOS DA MPB.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ). REFERÊNCIA: http://www.funarte.gov.br/artes-integradas/funarte-lanca-livro-sobre-100-anos-de-historia-da-mpb/ Funarte lança livro sobre 100 anos de história da MPB. Noite de autógrafos, no Rio de Janeiro, reuniu artistas, autoridades da área da cultura e, claro, música de primeira qualidade. Um dos maiores conhecedores da música popular brasileira, Ricardo Cravo Albin lançou, nesta quarta-feira, 27 de junho, no Rio de Janeiro, o livro “MPB – A História de Um Século”, publicado pela Funarte. A noite de autógrafos contou com a presença do presidente da Fundação Nacional de Artes – Funarte, Antonio Grassi, autoridades da área da cultura e artistas como Zezé Motta, Victor Biglione, Ellen de Lima, Maria Pompeu e do editor e curador de museus, Leonel Kaz. A festa de lançamento teve início com um show do cantor e compositor Marcos Sacramento na Sala Sidney Miller. Seguindo um roteiro, como se fosse o do próprio livro, o cantor e compositor brindou o público com músicas inesquecíveis que entraram para a história da MPB e marcaram diferentes gerações. “Samba da Minha Terra” (Dorival Caymmi), “Aquarela do Brasil” (Ary Barroso), “Pelo Telefone” (Donga e Mauro Almeida), “Travessia” (Milton Nascimento) e “Carinhoso” (Pixinguinha/Braguinha) foram alguns dos sucessos interpretados por Sacramento. Antonio Grassi, destacou que a Funarte, atendendo a pedidos, tem trabalhado para recuperar e reeditar obras que já não se encontram em livrarias e não estão disponíveis para consulta. “Especialmente neste caso, estamos trabalhando na reedição de um livro que se esgotou rapidamente e que, seguramente, dentro de alguns anos, teremos que reeditar novamente. É um livro que, certamente, estará na Feira de Frankfurt, que em 2013 terá o Brasil como homenageado”, afirmou. Grassi enfatizou, ainda, que a política adotada agora prevê uma distribuição bem mais ampla, para bibliotecas, pontos de cultura e áreas que tenham afinidade com o tema. Para o autor, “MPB – A História de Um Século” é triplamente original. “Primeiro, porque é o único livro que conta a história da música popular brasileira em quatro línguas: português, inglês, francês e espanhol. A segunda originalidade é que ele permeia a história da música popular em dois momentos: o da história propriamente dita e outro em que a história é composta por um roteiro visual, década a década, da música popular brasileira. E, finalmente, a atualização desta edição, que ganhou uma nova capa e um novo prefácio, assinado pelo escritor Paulo Coelho”, destacou. Ricardo Cravo Albin fez questão de parabenizar a Funarte “pelo trabalho meritório que vem desenvolvendo de resgate da música, do teatro, das artes visuais e por dizer sim às necessidades da nossa sempre carente vida cultural”. A atriz e cantora Zezé Motta, que prestigiou a noite de autógrafos, disse que Ricardo Cravo Albin é imprescindível para a MPB. “A música brasileira, às vezes, é tão injustiçada. Toca música no rádio e não se fala nome do autor, tem estações que tocam mais músicas estrangeiras… Enfim, pra nós, artistas, é muito importante dar valor a um produto nosso, brasileiro. E o Ricardo é uma pessoa que dedica a sua vida à MPB. Nós todos somos gratos por esse amor, essa dedicação e esse reconhecimento à força da MPB”, elogiou a atriz. MPB – A História de Um Século Revista e ampliada, a nova edição de MPB – A História de Um Século – agora também em inglês, espanhol e francês – é dividida em duas partes. Na primeira, quatro capítulos revelam as origens da MPB, os diferentes ritmos e gêneros e os compositores que marcaram cada fase da rica produção musical brasileira. Na segunda parte, uma seleção de imagens exibe, a cada década, os mais importantes intérpretes e compositores, que ajudaram a consolidar a música brasileira e a torná-la respeitada e apreciada no mundo inteiro. Em 400 fotos, estão retratados desde Chiquinha Gonzaga (anos 10), Ary Barroso e Carmen Miranda (anos 30), passando por Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Cartola, Chico Buarque, Roberto Carlos (anos 60/70) até Cazuza (anos 80) e Marisa Monte (anos 90), entre outros. O livro estava esgotado desde sua primeira edição, em 1998. Sobre o autor Considerado um dos maiores pesquisadores da música popular brasileira, Ricardo Cravo Albin nasceu em Salvador (BA), em 1940. Formado em Direito, Ciências e Letras, encontrou na paixão pela música outros caminhos profissionais a seguir. Historiador de MPB, produtor musical, produtor de rádio e televisão, crítico e comentarista, Albin é também autor de diversos livros sobre assuntos variados. Entre 1965 e 1971, fundou e dirigiu o Museu da Imagem e do Som – MIS. Foi, ainda, diretor geral da Embrafilme e presidente do Instituto Nacional de Cinema (INC). Desde 2001, preside o Instituto Cultural Cravo Albin, para o qual doou todos os seus bens. Sua maior obra, o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, é referência na área de pesquisa musical e está disponível em meio digital, com cerca de sete mil verbetes. MPB – A História de Um Século. De Ricardo Cravo Albin. Ed. Funarte. 528 páginas. Preço sugerido: R$ 70,00.

05. O LIVRO DE OURO DA MPB.

O Livro de Ouro da MPB. Autor: Ricardo Cravo Albin Rio de Janeiro: Ediouro, 2003. Musicólogo e historiador, Ricardo Cravo Albin nos brinda este livro indispensável para pesquisadores e amantes da música brasileira. Em suas 365 páginas, O Livro de Ouro da MPB relata a vida dos grandes nomes da MPB desde a sua origem até os dias de hoje. Com uma linguagem acessível e despretensiosa, Ricardo Cravo Albin cativa e segura o leitor do princípio ao fim deste maravilhoso livro. Egídio Leitão. Fundador e primeiro diretor do Museu da Imagem do Som, Ricardo Cravo Albin tem dedicado a sua vida para a música brasileira. Tendo convivido com figuras lendárias, tais como Almirante e Jacob do Bandolim, o autor de O Livro de Ouro da MPB desponta mais uma vez no panorama musical brasileiro com uma obra de elevado calibre. O que torna este livro um deleite para qualquer leitor é a facilidade com que Ricardo mantém sua narrativa com linguagem acessível e sem buscar artimanhas rebuscadas. Ele conta a história da MPB com incrível leveza e beleza conseguindo enaltecer ainda mais as vidas daqueles que fizeram o que a nossa música é hoje. Ricamente ilustrado com inúmeras fotos do arquivo da FUNARTE (Fundação Nacional de Arte), o livro segue uma narrativa linear simples e bastante eficiente. Os oito capítulos que compõe O Livro de Ouro da MPB são apresentados cronologicamente, partindo do nascimento da música popular brasileira -- com a modinha e o lundu -- e mostrando os diversos nomes que fizeram a década de ouro (os anos 30), a era do rádio, a bossa nova, jovem guarda e todos os diversos movimentos da MPB. O que torna a leitura deste livro ainda mais fascinante é como Ricardo apresenta cada artista dentro de sua própria época. Aqui você não tem apenas uma narrativa biográfica de cada cantor ou compositor. Este livro prima em apresentar como cada nome foi significativo e se enquadrou dentro de sua época. Esta união da pessoa no tempo faz deste livro uma obra rara. É verdade que propostas semelhantes foram feitas por outros autores. Entretanto, a magnitude dos nomes aqui apresentados tornam O Livro de Ouro da MPB uma raridade para nossa história musical. Juntado-se a cada personagem que é destacado, Ricardo conta momentos mais importantes de suas vidas. Esta característica e a maneira simples como os fatos são narrados são um destaque a parte para o livro. Embora o livro não apresente um índice onomástico, as fartas ilustrações -- praticamente em cada página -- facilitam a busca de qualquer artista que se procure. A bibliografia apresentada ao final é bem extensa e certamente serve de base para futuras pesquisas para os que desejam mais se aprofundar sobre um determinado artista. Um trabalho como este não poderia deixar de ter pequenos erros tipográficos. Dois exemplos são as datas confusas das mortes de Luiz Gonzaga e Cyro Monteiro. Isto de maneira alguma tira o mérito e a grandiosidade deste excelente trabalho. O Livro de Ouro da MPB é genuinamente uma prazer de ser ler. Trata-se de um retrato musical indiscutivelmente único para nossa história. Ricardo Cravo Albin mais uma vez dá ao povo brasileiro um pouco mais do seu inesgotável legado com esta grande obra. FOTO: RICARDO CRAVO ALBIN, AUTOR DA OBRA, O LIVRO DE OURO DA MPB. PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ). REFERÊNCIA: http://musicabrasileira.org/resenhasentrevistas/livrodeouro.html

04. A MÚSICA INSTRUMENTAL BRASILEIRA.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ). REFERÊNCIA: http://historiadamusicabrasileira.wordpress.com/ A Música Instrumental Brasileira Estes dias a aula de História da Música Brasileira foi sobre este assunto. Para uma das turmas (Musicoterapia), por que a outra turma (Licenciatura em Música) acabou nem dando tempo de chegar neste assunto. O que é uma pena, porque poderia ser feito um ano de aula só sobre este assunto, mas acabou ficando espremido em meio a tanto conteúdo. Eu diria que Música Instrumental Brasileira é uma terceira vertente muito importante das coisas que investigamos na nossa disciplina. As outras duas foram o projeto modernista na música de concerto (ou música erudita) e o projeto da MPB (uma música popular moderna construída nos anos 60 a partir de certas releituras da tradição do samba dos anos 1920/30). Correndo em paralelo com estes dois grandes projetos que se articularam para representar o Brasil em música, a Música Instrumental Brasileira andou sempre no meio do caminho desses projetos, e acabou se consolidando mais ou menos ao mesmo tempo em que a MPB. Entretanto, a Música Instrumental Brasileira nunca logrou reconhecimento público em mesmo nível, nem teve o mesmo espaço que a canção midiática. Tampouco atrai a atenção dos intelectuais como fez o modernismo musical. Temos, então, que a Música Instrumental Brasileira segue num certo limbo: fica de certa forma depreciada no conjunto de fatores que se aplicam à Música Popular como um todo, mas ainda mais se comparada à MPB – pois a canção foi sempre o carro-chefe deste mercado. Pode-se dizer que a Música Instrumental Brasileira surgiu e foi feita sempre onde os músicos profissionais trabalharam: começando pelas confeitarias, hotéis e salas de cinema (onde produziu um Ernesto Nazareth), passando pelo mercado da partitura e da música do teatro de revista (Chiquinha Gonzaga) e chegando aos estúdios das rádios e gravadoras (Pixinguinha e Radamés Gnattali). Segue abaixo um pequeno roteiro de gravações para se ouvir, que podem traçar um pequeno panorama dos grandes nomes da Música Instrumental Brasileira: Pixinguinha sera o primeiro da minha lista. Um grande pioneiro da profissionalização, arranjador mais importante da década de 1930 e que depois passou a atuar como instrumentista no conjunto de Benedito Lacerda. Sobre a trajetória profissional de Pixinguinha, este livro é o melhor. E para ouvir o Pixinguinha instrumentista no regional do Benedito Lacerda, você pode comprar esta caixa, ou baixar aqui o disco 2, que é o que concentra a Música Instrumental. Outro time de profissionais pioneiros são os músicos que trabalharam ao lado de Radamés Gnattali na Rádio Nacional. Além dos músicos da orquestra, que tocava ao vivo nos programas, Radamés formou um conjunto espetacular de base, que incluiu, em diversos momentos, os seguintes músicos: Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto (violão); Chiquinho do Acordeom; Luciano Perrone (bateria); Edu da Gaita; Zé Menezes (guitarra). Além, é claro, do próprio Radamés ao piano. Uma boa mostra do trabalho desse pessoal também está nas gravações realizada pelo Sexteto Radamés. Se não me engano, fizeram dois discos, um dos quais está aqui, e cuja ficha técnica é esta. Uma terceira geração de instrumentistas foi a que surgiu nos estúdios e palcos às voltas com os grandes cancionistas que surgiram nos movimentos dos anos 1960. São tantos músicos, que não dá para falar de todos. Então apenas uma pequena seleção: Baden Powell, aluno de Meira, do célebre regional do Canhoto, que tocou também com Jacob do Bandolim. O Baden ficou célebre a partir dos Afro-sambas, feitos em parceria com Vinícius de Morais. Mas desde cedo ele também gravou muita música instrumental. Como vai ser comum a partir desta época – o músico instrumental tem mais campo de trabalho nos EUA ou Europa do que no Brasil. Baden Powell transferiu-se para Paris, onde viveu muitos anos. Aqui tem um disco de 1966: Tempo Feliz. Outro conjunto instrumental pioneiro, surgido por estas épocas foi o Quarteto Novo. Inicialmente Trio Novo, que acompanhou Geraldo Vandré por uma turnê. Depois veio se somar mais um músico ao conjunto que tinha Theo de Barros (violão e contrabaixo), Heraldo do Monte (violão, viola caipira e guitarra elétrica) e Airto Moreira (percussão). Em 1967 o grupo gravou seu célebre disco instrumental, que tem para baixar aqui. Músicos que acompanham cantores. Os melhores são contratados pelos grandes nomes da MPB, mas tem ganas de fazer sua música autoral, instrumental. E dois grandes nomes da MPB se notabilizaram por ter sempre os melhores instrumentistas do país atrás de si no palco: Elis Regina e Milton Nascimento. Basta que se diga que a banda de Elis Regina contou com Cesar Camargo Mariano nos instrumentos de teclado, Hélio Delmiro na Guitarra, e Luizão Maia no contrabaixo. Hélio Delmiro deve ser colocado entre os principais guitarristas que já pisaram no planeta, o que pode ser comprovado por quem ouvir com atenção seu principal disco: Emotiva, de 1980, que está aqui. Dos que andaram tocando e gravando com Milton, destaque para Tonhinho Horta, outro monstro da guitarra, reconhecido universalmente. Na verdade, são trilhões de grupos instrumentais ou artistas solo de altíssimo nível que o Brasil ostenta em atividade. De um modo ou de outro eles derivam de escolas começadas por estes grandes pioneiros e fazem músicas que vem sendo chamadas com maior ou menor propriedade de Choro, de jazz brasileiro, de samba-jazz, entre outros nomes. Eu considero que o nome Música Instrumental Brasileira reflete melhor a proposta de usar ritmos e idiomas musicais associados à música popular brasileira e criar a partir deles obras autorais, com muito improviso, dialogando com a tradição internacional do jazz e da música instrumental, e criando uma expressão muito brasileira – ao mesmo tempo muito reconhecida internacionalmente.